sábado, 16 de maio de 2009

Lições de Susan Boyle

Tema para Ler, Refletir e Comentar 

Lições de Susan Boyle *por Tom Coelho

É muito provável que você tenha ouvido falar de Susan Boyle. Trata-se de uma senhora escocesa que virou celebridade mundial após apresentar-se num programa de calouros na Inglaterra. De aparência descuidada, foi inicialmente menosprezada e ridicularizada pelo júri e a plateia até entoar de forma admirável, por alguns minutos, trecho de um musical, com direito a lágrimas e aplausos.

Em tempos de internet, o vídeo de sua apresentação correu o mundo, sendo acessado mais de 100 milhões de vezes ao longo de duas semanas. Ganhou verbete na Wikipédia, entrevistas em talk shows, contrato para gravação de um CD e cerca de 30 milhões de links no Google.

O sucesso ofuscou caso idêntico ocorrido dois anos antes, no mesmo programa, com o galês Paul Potts, que em circunstâncias similares cantou uma ária de ópera, sagrando-se posteriormente vencedor daquela edição da competição.

Ambos os episódios nos legam alguns ensinamentos e reflexões. Em princípio, sobre a necessidade singular de críticos em aplicar rótulos. Assim, houve quem se emocionasse a ponto de eleger os cantores como exemplos de superação, por demonstrarem elevada resiliência ao suportar a animosidade inicial da plateia, encantando-os em seguida. Mas houve também quem qualificasse tudo como uma farsa, haja vista que os produtores já deveriam conhecer previamente a capacidade dos candidatos.

Do ponto de vista motivacional, os eventos são, sim, louváveis, pois o inconsciente coletivo ganha refúgio em cada um destes personagens por representarem uma aspiração social comum à maioria das pessoas diante da iniciativa de se expor, do enfrentamento do medo de falar em público, do receio de ser hostilizado, da confrontação da baixa auto-estima e, por fim, da conquista do reconhecimento.

Se formos tomar os eventos como produções forjadas para enaltecer os espectadores, mérito de seus organizadores por identificarem os talentos, dar-lhes a oportunidade, construírem um cenário favorável, agradarem os presentes e conseguirem uma exposição na mídia digna de inveja aos maiores comunicadores.

Todavia, que não se obscureça uma verdade irresoluta. Vivemos uma ditadura da imagem que age como um filtro na vida em sociedade. Continuamos a ser julgados pela embalagem antes mesmo de ser possível apresentar seu conteúdo. Esta é a regra, não a exceção, tanto que a própria Susan Boyle apareceu dias depois com visual repaginado, ostentando novo corte de cabelo e trajes bem alinhados.

Que fique uma última lição para o mundo empresarial. Não cabe a recomendação do “seja você mesmo, ainda que tenha um estilo excêntrico, sem se importar com o que pensam os demais”. Nos dias atuais, isso seria suicídio corporativo. Deve-se evitar, é claro, a perda da autenticidade, mas em termos de marketing pessoal, vale lembrar as palavras do publicitário Ckuck Lieppe que dizia: “Aparentar ter competência é tão importante quanto a própria competência”.

 

Tom Coelho é autor de “Sete Vidas – Lições para construir seu equilíbrio pessoal e profissional”, pela Editora Saraiva, além de consultor, professor universitário e palestrante. Com formação em Publicidade pela ESPM, Economia pela FEA/USP, especialização em Marketing pela Madia Marketing School e em Qualidade de Vida no Trabalho pela USP, é mestrando em Gestão Integrada em Saúde do Trabalho e Meio Ambiente pelo Senac. Diretor da Lyrix Desenvolvimento Humano, Diretor Estadual do NJE/Ciesp e VP de Negócios da AAPSA. Contatos através do e-mail tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: www.tomcoelho.com.br.

14/05/2009

 

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Responsabilidade social é um fenômeno complexo demais para ser mensurado

Eduardo Gomes, professor da Universidade Federal Fluminense
quarta-feira, 13 de maio de 2009

por Heloisa Pereira

 

Programas de responsabilidade social corporativa se multiplicam em anúncios publicitários e relatórios anuais de empresas. Poucas são as organizações que não realizam, atualmente, alguma ação de caráter social. Colocar em pauta, no debate público, qual o papel das empresas no desenvolvimento social do país foi um importante avanço, mas a popularização do conceito oferece o risco de se confundir responsabilidade social com assistência social.

 

“A Responsabilidade Social deve fortalecer o bem público”, acredita o professor e pesquisador Eduardo Gomes, da Universidade Federal Fluminense (UFF). Há anos estudando o conceito e a atuação das empresas nesse quesito, o professor explica, em entrevista, o que deve reger a atuação social das empresas e quais os desafios para que o investimento social seja feito com responsabilidade. E avisa: o tema é complexo demais para ser mensurado.

 

CanalRh: Há um real comprometimento das empresas com a responsabilidade social?

 

Eduardo Gomes: Em poucos casos, mas existe. Eu entendo Responsabilidade Social como uma atitude que fortalece a sociedade, o bem público, e não apenas revitaliza uma praça ou beneficia um grupo de pessoas. Nesse entendimento, são poucos os exemplos.

 

CanalRh: Programas internos de sustentabilidade, na maioria das vezes baseados em indicadores (Global Reporting Iniciative, Instituto Ethos etc.) contribuem para que a responsabilidade seja tratada com mais seriedade?

 

Gomes: É muito difícil medir Responsabilidade Social. Os indicadores são úteis aos institutos, ao marketing, mas Responsabilidade Social é um fenômeno complexo demais para ser medido. Uma empresa com notas mais baixas pode estar engajada em uma causa de maior interesse público do que outra com notas mais altas.

 

CanalRh: Muitas empresas colocam a área de responsabilidade social sob a gestão do marketing. Não há riscos de promover projetos que deem mais visibilidade do que tragam efetivamente retorno para a comunidade?

 

Gomes: Há sim, e isso acontece, mas independe de qual área é responsável pela gestão dos programas de Responsabilidade Social. A gestão pode ser delegada ao departamento de marketing, de Rh ou até mesmo à alta diretoria. O que importa é como ela é entendida e o que é feito, são as ações desenvolvidas. É natural que o marketing se aproprie disso, porque ela faz parte da competição de mercado e vivemos em uma economia de competição.

 

CanalRh: Qual é o princípio que deve reger um projeto de responsabilidade social?

 

Gomes: Fortalecer o bem público. O diretor-presidente do Instituto Akatu, Helio Mattar, fala que não existe uma empresa em uma ilha deserta. Ela usa água e matéria-prima, seus funcionários receberam educação, há toda uma infraestrutura provida pela sociedade que as empresas utilizam. E não há como medir isso. A Responsabilidade Social é uma retribuição, um reconhecimento de que a empresa depende do social. É, talvez, uma forma de devolver uma parcela daquilo de que ela dependeu para conseguir lucrar.

 

CanalRh: E quais são os maiores desafios para a implantação de um programa de RS?

 

Gomes: O desafio é entender isso. Entender sua relação com a sociedade em que ela se insere e o quanto ela é tributária dessa sociedade. E esse é um tributo não calculável. É difícil encontrar a melhor forma, a melhor medida: a questão é tentar, até encontrar um caminho. Estabelecer metas pode auxiliar, embora o impacto social dos resultados não seja mensurável.

 

CanalRh: Há alguma iniciativa que ilustre ações com foco no interesse público?

 

Gomes: Hoje se debate a criação de um fundo de financiamento para campanhas políticas, aberto à contribuição de instituições privadas. Essa é uma forma de contribuir para o debate político, patrocinar o exercício da democracia, sem vincular a empresa a candidatos específicos. É benéfico para a sociedade e para a empresa. Além disso, a iniciativa privada estaria mais apta a pedir assento em comissões de ética e de fiscalização do uso desse dinheiro, garantindo equilíbrio de distribuição de verbas. Esse é um exemplo de investimento social com espírito público, mais valioso para a sociedade.

 

CanalRH: A Convenção das Nações Unidas contra Corrupção (UNCAC, na sigla em inglês) vem chamando a atenção das empresas para o fato de que não adianta investir em Responsabilidade Social e depois financiar políticos corruptos. O senhor acredita que é possível evoluir como empresa ética a esse ponto?

 

Gomes: Sim, e um fundo como este seria um caminho, uma forma de se comprometer com a política de forma idônea.

 

CanalRh: Mas há, muitas vezes, interesse das empresas em patrocinar a campanha de um candidato e obter proteção quando ele estiver no poder...

 

Gomes: Bem, todas as entidades possuem seus lobbies. Isso faz parte do nosso modelo econômico. Nos EUA, eles são mais regulamentados, por aqui ainda não. E esses empresários têm interesses. Mas, quando o financiamento de campanhas está vinculado a grupos políticos, a imagem da empresa também fica mais vulnerável à opinião pública (especialmente quando se concentra esse patrocínio a um ou dois candidatos).

 

CanalRh: O que se pode cobrar das empresas em termos de Responsabilidade Social?

 

Gomes: A sociedade pode de acordo com o que ela sentir que é danoso, de acordo com os valores em voga: hoje, por exemplo, preza-se muito o emprego, a saúde e a paz. O Gates Institute, do empresário Bill Gates, se propôs a acabar com a malária na África em 10 anos. Essa é uma demanda social. É dessa forma que a sociedade pode cobrar: levantando movimentos, apontando direções mais sustentáveis.

 

CanalRH: Os consumidores efetivamente diferenciam as empresas mais responsáveis das menos responsáveis?

 

Gomes: Há vários argumentos em favor dessa ideia. O Instituto Akatu partilha deles. Eu sou cético. Quando ouço essa questão, penso logo nos produtos piratas. Se os consumidores fossem tão conscientes não existiria comércio de produtos piratas. Nas pesquisas de opinião, as pessoas afirmam acham importante as empresas investirem em Responsabilidade Social, que isso é um diferencial; na prática, comparando o número de pessoas que afirmam apoiar a Responsabilidade Social e o número de pessoas que compram produtos piratas, há uma incongruência. Mas esse é apenas um exemplo, e o mundo é muito complexo. Há realidades muito diferentes na África, no Brasil, na Suíça. Acho que o consumo pode, sim, ser um fator de diferenciação, acredito no trabalho do Akatu, mas é um fator que precisa ser sempre ponderado.

 

CanalRh: O que uma empresa que investe em RS tem a mais, ou pode ganhar a mais, do que aquela que não investe?

 

Gomes: O que a empresa pode ganhar com isso é o que, em termos pessoais, nós costumamos chamar de “paz de espírito”. O ganho tangível, financeiro, é irrelevante e não deve ser uma meta. A Responsabilidade Social é uma retribuição ao que a empresa recebe da sociedade. Em troca, ela deve ganhar reconhecimento, e, por isso, tem todo o direito de mostrar suas ações, de tornar públicas suas iniciativas.

 

CanalRh: Quando a iniciativa privada investe na área social, os papéis de empresa e governo não se confundem?

 

Gomes: A responsabilidade pelo social - saúde, educação, condições de saneamento etc. – é do governo. E nenhum governo nega isso. Mas, se um município faz bem, o outro pode não fazer. Se existe ali uma empresa muito boa e condições de saneamento muito ruins, isso não é função da empresa. Ela pode auxiliar, pode fazer uma parceria com a prefeitura e também pode cobrar, fiscalizar. Mas não há dúvidas de que a questão social, saúde, são questões do Estado. São direitos do cidadão. Esses papéis não se confundem. O McDonalds, por exemplo, tem a Casa Ronald McDonalds, que oferece alimentação, hospedagem e apoio a crianças com câncer. Mas se, nos hospitais onde é feito o tratamento, as crianças não têm acesso ao remédio para a quimioterapia na rede pública, as famílias podem processar o Estado e exigir o medicamento, porque é um direito delas. A empresa não vem para substituir o Estado.

 

CanalRh: Ainda estamos no estágio do "altruísmo" egoísta?

 

Gomes: Não. O Brasil é exemplo de várias iniciativas de Responsabilidade Social com espírito público. Quanto ao altruísmo egoísta, não acho que ele seja uma fase, mas ele sempre existirá. Há iniciativas voltadas ao benefício da sociedade, mas sempre haverá outras, voltadas à obtenção de benefícios para si. É difícil vislumbrar um mundo onde todas as empresas tenham uma atuação em prol do interesse público.

Fonte:

http://www.canalrh.com.br/Mundos/entrevistas_artigo.asp?ace_news={FB2A987C-D85C-44BC-9547-FE7C671DFE69}&o={34BF0F3D-A925-4E04-9024-2D30E0DF15FB}&sp=?GGN1xV5684KLG/P/p=9HS0T;VE3Cy14;U;

O escritório sem resíduos: é possível?

PorJonathan Bardelline

 

É um dos últimos, e mais modernos, conceitos ambientais. Metas de redução podem mudar várias vezes, mas não há nada inferior a zero (a menos que você considere a tendência crescente de empresas e produtos carbono-negativos ou clima-positivos, mas vamos chegar ao zero antes).

 

As grandes corporações comoWal-Mart e AAMCOdeclararam metas ambiciosas de resíduos zero e, portanto, deve ser possível que um escritório chegue lá também, certo? Depende do que você está olhando.

 

Existem produtos, tecnologias, processos e organizações suficientes para que seja possível, em um certo sentido, ter um escritório com resíduo zero (o que para o nosso  propósito significa sem resíduos e emissões de gases do efeito estufa). O resíduo zero no mais puro sentido não é possível ainda, mas utilizando o que está disponível, um escritório pode chegar bem perto.

 

"Neste momento o resíduo zero é mais uma jornada do que algo que pode ser alcançado", declarou Larry Chalfan, do Zero Waste Alliance, um consórcio sem fins lucrativos de grupos educacionais, de governo, empresas e outros. "Muito do que precisamos simplesmente não está pronto para nós para verdadeiramente chegarmos a resíduo zero. Dito isto, muito pode ser feito. Várias organizações estabelecem a meta ‘zero de resíduos para os aterros’ e, em seguida, a definem melhor, tendo como objetivo que mais de 90% dos resíduos sejam desviados para reutilização e reciclagem.”

 

Antes de assumir um programa de resíduo zero, um escritório deve realizar uma auditoria sobre o que está sendo usado e jogado fora. Inicialmente, aceite e execute primeiro as palavras do mantra "reduzir, reutilizar, reciclar". Diminua o que você está usando ao invés de trocarindiscriminadamente por alternativas amigáveis ecologicamente. Ao incentivar os trabalhadores a imprimirem menos, você está economizando papel, energia, tinta, toner e tempo.

 

O dinheiro economizado com reduções poderia ajudar a compensar os custos acrescidos de alguns produtos “verdes” ou financiar outras iniciativas “verdes”. Você também precisa de alguém dedicado à meta, ou um comitê de resíduo zero, a fim de supervisionar o projeto – descobrindo para onde os materiais recicláveis e de compostagem irão, pesquisando projetos de energia renovável e outras tarefas.

 

Onde você não pode usar menos, use de maneira mais inteligente. Papel reciclado. Canetas recarregáveis, lápis e cartuchos de tinta. Pratos, copos e utensílios reutilizáveis, biodegradáveis ou de compostagem. Lâmpadas de CCFL. Baterias recarregáveis. Calculadoras à base de energia solar. Tem havido um "boom" de produtos ecologicamente amigáveis em todas as indústrias, e não há escassez de produtos com, pelo menos, alguns aspectos “verdes”. As principais cadeias de fornecimento de escritório estão adicionando produtos “verdes” a seus catálogos, e no outro extremo, lojas de fornecimento ecologicamente amigáveis também estão vendendo produtos convencionais.

 

Deixando o espaço mais “verde”: Materiais de escritório amigos do planeta

TheGreenOffice.com é uma das muitas lojas “verdes” on-line, mas tem um dos mais extensos e informativos catálogos. Foi fundada em 2005 e marca cada produto com suas credenciais “verdes”: conteúdo reciclado, biodegradável, de compostagem, teor químico reduzido e certificações por terceiros, como a Energy Star e Green Seal. A loja também tem itens convencionais, sem similares “verdes”, com o objetivo de oferecer aos consumidores um lugar para irem, deixando que eles apoiem um negócio verde, mesmo quando o que estão comprando não é assim tão verde.

 

"A indústria de produtos de escritório tem pouquíssimos produtos que são concebidos no sistema “cradle to cradle” (sistema de produção que além de priorizar a eficiência, visa a não produção de resíduos)”, diz Alex Szabo, fundador e CEO do TheGreenOffice.com. "Hoje, nós encorajamos as pessoas a tomarem as melhores decisões que podem."

 

A empresa cresceu fora do trabalho de Szabo como um consultor de sustentabilidade. Uma de suas primeiras recomendações para as empresas é a criação de uma política de compra “verde”, mas ele não podia encontrar uma solução abrangente para itens de escritório “verdes”. "Estamos trabalhando para realmente acelerar a transição para a sustentabilidade no local de trabalho", ele disse, mas isso não irá acontecer através da venda de varejo sozinha. "Os fabricantes e designers realmente precisam levar em conta todo o ciclo de vida", afirma. E isso pode ser estimulado juntamente com o incentivo vindo dos clientes.

 

Embora o Waldeck localizado em São Francisco também tenha uma loja on-line, ele teve uma presença física no varejo por mais de 50 anos e começou a se concentrar em produtos ecológicos há quatro anos. O proprietário Clifford Waldeck tinha servido em conselhos e comissões ambientais e disse que queria praticar em seu negócio o que ele pregava fora dele.

 

A loja do centro da Waldeck, em São Francisco, está no meio de arranha-céus de escritórios - justamente o local onde os produtos ecológicos devem estar, disse Waldeck. "Ter a presença do varejo faz a mensagem ‘verde’ ser transmitida para o consumidor", afirma. Mas as lojas de varejo com um enfoque global “verde” são muito poucas. Embora tenha acontecido muito investimento na indústria de tecnologia limpa, Waldeck desejava que tivessem existido investimentos no varejo “verde”.

 

Para muitos, os lugares mais fáceis de encontrar produtos “verdes” são as grandes cadeias de lojas que estão entrando nas vendas “verdes”. Em 2003, a Office Depot lançou o seu Green Book, um catálogo de 1300 produtos ambientalmente indicados. Ele contém agora mais do que o dobro de produtos, e ainda mais itens estão na seção online do Office Depot, oBuy Green. A empresa oferece produtos em vários graus de “verde”, por exemplo, do papel contendo  10% de material reciclado a 100% do papel de pós-consumo reciclado. "Nós acreditamos que o caminho mais eficaz para a sustentabilidade é através do incentivo a mais pessoas dentro de mais empresas a dar pequenos passos tendo o meio ambiente em mente", segundo explicou por e-mail a relações públicas da

 

Office Depot, Melissa Perlman.

Mesmo os móveis de escritório estão sendo planejados para causarem um menor impacto sobre o planeta. McDonough Braungart Design Chemistry(MBDC) comanda o programa de certificação Cradle to Cradle (C2C), que rotula produtos que tenham "design ambiental inteligente", e certificou 12 marcas de cadeiras de escritório. O processo de certificação do MBDC não olha somente para os produtos em si - determinando se ele pode ser integralmente devolvido à natureza ou reciclado indefinidamente - mas também o material utilizado, que energia o processo de fabricação utiliza, que tipo de água e qual a quantidade é utilizada e o histórico da responsabilidade social da empresa.

 

O MBDC também trabalha com as empresas para aperfeiçoarem os seus produtos, atuando com eles na melhoria e reciclagem dos mesmos; Disse a gerente assistente de projetos, Emily McDermott:. "Alguns de nossos clientes têm programas de retorno de produtos, onde  o consumidor tira parte do produto e envia para eles a caixa com os pedaços e eles garantem que os materiais são recolocados em seus próximos produtos”,.

 

O MBDC certificou cerca de 100 produtos de 43 empresas, e aproximadamente mais de 20 estão em processo. Produtos aplicáveis aos escritórios incluem revestimentos para pisos, mobiliário, estações de trabalho, envelopes, lousas-brancas e itens polivalentes para fins de limpeza. McDermott disse que o MBDC está especialmente interessado em certificar produtos mais orientados para os consumidores. "Achamos que é necessário oferecer produtos cradle to cradle nas prateleiras das lojas", ela diz.

 

Um dos maiores nomes do MBDC entre produtos certificados é Herman Miller, um líder de longa data em mobiliário de escritório sustentável. Em uma entrevista para o GreenBiz.com no ano passado, Paul Murray, o diretor de saúde ambiental e segurança da Herman Miller, explicou a razão pela qual a empresa acredita que a forma correta nem sempre é o caminho mais fácil. "Levou milhares de horas de trabalho para garantir um banco de dados documentando cada produto químico e material utilizados em cada produto Herman Miller", conta Murray. "Foi fácil? Não. Mas o resultado é que vamos ter produtos mais ‘verdes’ para o futuro."

 

Todo produto “verde” vem em variações. O conteúdo dos reciclados varia muito, e mesmo se um item é 100% reciclado, é importante se for pós-consumo (a partir de itens descartados pelos consumidores) ou pré-consumo (resíduos da fabricação de novos produtos). Quando possível, é melhor escolher pós-consumo. Com itens recicláveis, você também tem que levar em consideração o que acontece no final da vida deles. Não adianta muito comprar itens recicláveis se seu programa de reciclagem local não aceita o material do que o produto é feito. Algumas áreas têm mais programas de reciclagem disponíveis, que incluem mais tipos de materiais do que outros.

 

Quando os itens não podem ser reciclados, algumas vezes eles podem ser reutilizados, por isso verifique com escolas e centros comunitários, ou veja se há grupos locais como o East Bay Depot for Creative Reuse, de Oakland, na Califórnia (EUA), que aceita doações de um vasto leque de itens. Os eletrônicos são itens difíceis. Pouquíssimos contêm quantidade significativa de conteúdo reciclado, mas felizmente cada vez mais os fabricantes de computador, lojas de varejo e organizações recolhem os eletrônicos ou promovem eventos de coleta de resíduos eletrônicos.

 

Uma definição mais ampla de lixo

O outro tipo de lixo reciclável, em certo sentido, é o resíduo alimentar e outros materiais de compostagem. Criar um recipiente de compostagem em um escritório poderia não ser atrativo para todos, mas algumas áreas têm programas de captação de compostagem, e você pode ter espaço fora do escritório para instalar um recipiente de compostagem ou um funcionário pode ter o seu próprio em casa e estar disposto a levar o resíduo adicional com ele. Assim como doar itens que de outra forma seriam lixo, perguntando ao redor, é possível encontrar pessoas que aceitariam alguma coisa que fosse gratuita.

 

Enquanto um escritório pode ter um controle rigoroso sobre as coisas que compra e usa, nem sempre tem poder sobre o que é enviado a ele. O correio pode trazer papel, embalagens e resíduos indesejáveis. Novamente, a redução é o primeiro passo. Estabeleça a comunicação por e-mail como padrão e saia de listas de mailing indesejadas. A USPS tem uma variedade de C2C Certified priority (Consumer to consumer = Certificados de prioridade elaborados entre os próprios consumidores), pacotes de correio expresso e envelopes, e companhias de envio como a UPS e a FedEx têm embalagens recicláveis para quando for necessário utilizar o correio. Materiais para embalagens também podem ser reutilizados mais de uma vez. E se você tiver que comprar o seu próprio, existem pechinchas biodegradáveis disponíveis, ou o onipresente e reciclável jornal.

 

Resíduos físicos à parte, os escritórios também têm que lidar com a energia e as emissões. Embora instalar um sistema de painel solar ou geotérmico pode ser demais para muitos escritórios, existem alternativas que podem apoiar a energia renovável e projetos de redução de carbono no próprio local ou em outro lugar.

 

Green-ese tornou o principal programa de verificação para certificados de energia renovável e de projetos de redução de gases do efeito estufa. O diretor de comunicação da Green-e, Jeff Swenerton, recomenda em principio a redução da energia e, em seguida, verificar com empresas de serviços públicos locais a existência de programas de recompensa financeira “verde” para a compra local de energia renovável. Embora esses programas estejam crescendo em todo o país, Swenerton diz que a taxa média de participação é inferior a 2%.a

 

Se uma empresa de serviços públicos não oferece um programa de recompensa financeira “verde”, existem certificados de energias renováveis à disposição de qualquer pessoa. Os preços variam por área e tipo de energia. Embora você não vá acabar recebendo energia diretamente de uma fonte renovável, você poderia ajudar a mostrar que há apoio para as energias renováveis. A Intel, que recentemente fez a maior aquisição de energia renovável, não comprou somente a energia mais barata, diz Swenerton. A empresa comprou energia renovável, onde tem unidades, juntamente com uma mistura de outros tipos de energia.

 

Se você tem os recursos, orçamento e espaço, é possível obter a sua própria energia do sol, vento ou da terra. O que entra em jogo, porém, é o quanto você tem de controle sobre o edifício onde se encontra e os terrenos adjacentes. O mesmo vale para renovações, como melhores janelas e isolamento para deixar o escritório mais eficiente energeticamente. Descubra o que você controla, para seguir a partir daí.

 

Tornar-se neutra em carbono ou reduzir as emissões através da compra de compensações de carbono são as reivindicações pelas quais as empresas que se tornam “verde” sentem maior orgulho. Mas os especialistas concordam que isso deveria ser uma das últimas ações a serem tomadas,, concentrando-se primeiro em reduzir a utilização de energia, diminuir as emissões relacionadas com deslocamento do funcionário ao trabalho e de outros fatores que você tem controle direto.

 

Há uma série de calculadoras de carbono disponíveis on-line: experimente algumas que usam critérios diferentes para obter uma boa estimativa da sua porcentagem ecológica. Aqui você também terá que determinar quais emissões estão relacionadas ao escritório. As emissões vindas do uso da energia são claramente aplicáveis, como são as emissões relacionadas às viagens aéreas feitas pela empresa. A maior parte das calculadoras de carbono incluem as emissões de empregados que realizam o caminho de ida e volta para o trabalho, mas se você tem funcionários que trabalham em, casa, você precisa incluir as emissões deles também. Você pode também ir mais longe, como compensar as emissões provenientes de todas as suasremessas ou eventos que oferece.

 

Como uma forma de reduzir as emissões vindas da locomoção dos empregados, os escritórios podem adotar políticas de telecommuting (flexibilidade de horários e locais de trabalho), permitindo ou incentivando os funcionários a trabalharem em casa ocasionalmente ou com freqüência. Caronas, ciclismo e transporte público podem igualmente ser incentivados, através de recomendações ou ao oferecer incentivos para os trabalhadores que escolhem o caminho verde. Motivar os trabalhadores para que eles participem ou que sugiram metas de sustentabilidade é uma grande conquista dos escritórios mais “verdes”.

 

Tomar todas estas medidas pode ajudar o escritório a chegar tão próximo do resíduo zero quanto possível. Como se disse anteriormente, não existem produtos e processos vigentes suficientes para garantir que cada item tenha seu círculo de vida fechado e que com certeza ele será reciclado ou reutilizado. E qualquer escritório que seja totalmente resíduo zero teria que incluir restrições que podem ser desagradáveis para alguns empregados. Trazer o seu próprio almoço? Melhor ter certeza de que ele não está em uma embalagem que terá de ser jogada fora ou então você terá que levar o seu lixo para casa.

 

Apesar da impossibilidade de ter absolutamente zero de resíduos, as coisas estão melhores do que eram há alguns anos. Mais lojas estão estocando produtos ecológicos, os esforços para a reciclagem estão se alastrando, projetos de energias renováveis e de redução de carbono estão disponíveis em todo o mundo, mais grupos e consumidores estão forçando as empresas a fazerem produtos “verdes” e há uma consciência crescente  entre todas as indústrias da necessidade que todos reduzam o seu impacto sobre a Terra, seja em casa ou no escritório.

 

Jonathan Bardelline é editor assistente do GreenBiz.com.

Fonte:

http://www.agendasustentavel.com.br/Artigo.aspx?id=1687

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Sustentabilidade

Veja artigo de especialista que ressalta a importância de adotar disciplinas para administrar uma empresa de modo sustentável.

Administrar uma empresa de sucesso, como sabemos, requer disciplina. Mas recentemente percebi que a administração de uma empresa bem-sucedida e sustentável talvez requeira um tipo diferente de disciplina.

Quando meu anfitrião, durante a recepção de um evento sofisticado realizado para líderes empresariais de São Francisco, me apresentou a um dos participantes como reitor da PSM (Escola de Administração Presidio), brinquei com ele perguntando se já tinha um MBA... Ou se estaria interessado em ter um. Ele me olhou nos olhos e respondeu com um sorriso sardônico: “Tenho meu diploma dos USMC (Fuzileiros Navais dos EUA) e isso me ensinou a ter disciplina, que é tudo o que preciso para ter sucesso nos negócios".

Os fuzileiros navais e outras ramificações das forças armadas estão certos em confiar em seu estilo hierárquico e pulso forte de disciplina para executar suas missões. Mas será que as melhores idéias, as mais inovadoras sempre vêm de cima para baixo? Dick Gray, fundador da PSM, aprendeu uma abordagem um pouco diferente de liderança na NOTS (Escola de Treinamento dos Oficiais Navais): “Vigilância, Preparação e Bom Senso”. A vigilância em busca das menores alterações em circunstâncias; estratégias preparadas e proativas para lidar com novos desafios; e bom senso na implantação dessas estratégias no contexto atual.

Essa abordagem tripla à liderança militar não é muito diferente do que acredito serem os princípios essenciais para administrar uma empresa de modo sustentável e bem sucedido. Na PSM, damos o nome de “Pensamento Sistêmico, Integração e Comunicação, e Experiência Ativa”.

Tudo Está Conectado No campo da sustentabilidade, a vigilância real não é possível sem reconhecer a natureza essencialmente integrada do mundo em que vivemos. Como Randy Hayes, líder da RAN (Rede de Ações pela Floresta Tropical), disse: “Se pudesse dizer uma única frase, ela seria: ‘tudo está conectado a todas as coisas’”. Na administração, isso é conhecido como “pensamento sistêmico”. E é assim que nós definimos isso na Presidio:

Pensamento Sistêmico. A observação de áreas, assuntos ou problemas como um todo - algumas vezes chamado de pensamento sistêmico integral - costuma ser omitida, e até desestimulada pelo modelo de negócios geral centrado nas finanças e altamente especializado (uma verdade principalmente em escolas de administração).

O resultado dessa abordagem é que as soluções de ontem têm um jeito de se tornarem os problemas de hoje. Nas palavras do relatório State of the World, de 1999, a educação cada vez mais ensina a “desconexão”. E nos negócios, isso significa concentrar-se totalmente no objetivo de maximizar o retorno, no curto prazo, de apenas um grupo: os acionistas.

Então, no nosso ponto de vista, a necessidade real não é a de especialistas que conseguem isolar os problemas, mas sim de "conexionalistas" que possam pensar de maneira criativa sobre o modo como coisas, números e pessoas se relacionam uns com os outros.

Enfrentando o Desafio da Sustentabilidade As outras duas disciplinas servem para colocar o pensamento sistêmico em prática. A primeira etapa rumo à ação “preparada” é a compreensão adequada e a comunicação interna eficaz dos desafios de negócios que devem ser enfrentados.

Integração e Comunicação de Conhecimento. Todo plano de negócios decente escrito por uma organização contém todos os elementos de gestão: projeto e operações de marketing, finanças, contabilidade, economia e organização. Eles definem a estratégia e o pensamento sistêmico leva à incorporação do resultado final integrado e à inclusão de todos os envolvidos na estratégia para entrar no mercado de uma forma sustentável e bem-sucedida.

A capacidade de reconhecer e articular essas conexões, com uma linguagem narrativa tangível, como planos de negócios e compromissos e promessas com o mundo, é o que leva à ação. Há outro benefício, mais profundo, para os administradores que criam e desenvolvem seu plano de negócios: ele oferece a oportunidade de descobrir, definir, articular e testar sua vocação - o trabalho que sentem que precisam fazer – atraindo outras pessoas para a ação e conduzindo-as para seus objetivos, assim como o de todos nós, de criar um mundo mais humano e sustentável.

Juntando Tudo A terceira disciplina é a que inicia a prática da sustentabilidade, com raízes na experiência diária que ajuda a informar a estratégia prática:

Experiência Ativa. O dogma da nossa fundação é que o aprendizado, a postura de ter curiosidade e desafiar suposições, é uma experiência ativa cuja qualidade depende, em grande escala, da participação ativa do aluno, participação esta que deve ser intelectual, física, intuitiva e ética. Acreditamos que a ação focada no objetivo, quando firmada por acordo mútuo, é mais motivadora e potente do que ações aleatórias ou dispersas. O mesmo é válido para a ação autodirecionada, em vez de uma ação direcionada por uma autoridade (é aqui que diferimos do modelo militar, visto de maneira geral).

Portanto, acreditamos que a indagação pragmática e o aprendizado, o processo de reflexão disciplinada e ação com base na experiência, sejam muito mais eficazes e duradouros do que o aprendizado derivado somente da experiência (raciocínio indutivo) ou da reflexão abstrata (raciocínio dedutivo). É o movimento contínuo e experimental entre experiência e suposições (chamado de "raciocínio abdutivo") que leva à educação real e à ação autêntica. O resultado são administradores que se caracterizam como "Idealistas Pragmáticos”, como gostamos de chamar.

Essas três disciplinas são o centro da filosofia educacional da Presidio. Acreditamos na disciplina, assim como os fuzileiros navais. Mas talvez uma abordagem mais flexível seja mais adequada para responder aos desafios em constante evolução de se administrar uma empresa de sucesso (e sustentável). E é por isso que o meu amigo com seu diploma da USMC poderia lucrar sendo apresentado às três disciplinas da administração sustentável.

 

 Por Equipe Agenda Sustentável 

13 de Maio de 2009

Fonte:

http://br.hsmglobal.com/notas/52389-as-três-disciplinas-da-gestão-sustentavel

Dica de Alimentação

8 Motivos para você beber mais água
por Kátia Cardoso
1 - Facilita a digestão 2 - Combate o inchaço 3 - Reduz infecções 4 - Regula a temperatura 5 - Melhora a performance na malhação 6 - Desintoxica e previne a celulite 7 - Ajuda a emagrecer 8 - Melhora a absorção dos nutrientes
_____________________________

Fundacentro promove curso às pessoas com deficiência

Com o intuito de auxiliar a inserção dos trabalhadores com deficiência no mercado de trabalho, a Fundacentro irá realizar de 2 a 16 de junho de 2009, o Curso de Inclusão das Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho, visando o aprimoramento técnico-científico dos profissionais que atuam na área de saúde do trabalhador com relação a esta inclusão.
Muitos trabalhadores com deficiências transitórias ou permanentes enfrentam, ainda hoje, inúmeros empecilhos quando se trata de sua inserção no mercado de trabalho.
Em sua 2ª. edição, as metas do curso irão destacar a discussão de aspectos clínicos, psicossociais, trabalhistas e previdenciárias, com o propósito de dar suporte a esses trabalhadores. Serão abordados também temas como aspectos do meio ambiente e das atividades de trabalho, para estimular a reflexão sobre as formas de organização do trabalho e sua estruturação para atender às limitações desses trabalhadores.
O conteúdo programático foi elaborado de acordo com as necessidades estabelecidas e com o propósito de abrir um amplo debate de forma que sejam esclarecidas todas as questões e dúvidas referentes ao tema em destaque. O programa inclui assuntos voltados para a situação atual das pessoas com deficiência no mercado de trabalho, funcionalidade e incapacidade, atividade do trabalho e o trabalhador, adversidade e o trabalho, dentre outros.
O corpo docente será formado por renomados profissionais da área, que vão orientar os participantes sobre como lidar com as diferentes situações encontradas no cotidiano de trabalho, e darão todo o suporte necessário para atuar de acordo com a demanda estabelecida pela classe.
A coordenação geral do curso está a cargo de Eliane Vainer Loeff, da Coordenação de Educação da Fundacentro, em parceria com Maria Maeno, pesquisadora do Serviço de Medicina da Fundacentro, e Myrian Matsuo, socióloga do Serviço de Sociologia / Psicologia da Fundacentro.
Serão 45 vagas, acrescida de mais cinco para a Fundacentro. Os alunos que obtiverem freqüência de 80% do curso receberão certificado de conclusão.
O curso ocorrerá todas as terças-feiras durante o mês de junho, dos dias 2 a 16, das 9h às 17h30, no Centro Técnico Nacional da Fundacentro, situado à rua Capote Valente 710 - Pinheiros, São Paulo.
As inscrições poderão ser feitas pelo portal da Fundacentro, www.fundacentro.gov.br. Para maiores informações entrar em contato pelos telefones: (11) 3066-6124 ou (11) 3066-6337, com Felipe ou Cleiton.

Saúde 4 passos para turbinar sua memória

É tudo tão simples que mal dá para acreditar, aproveite!
Sofrer com brancos na hora de fazer uma prova ou realizar uma apresentação em público. Esquecer compromissos, datas importantes, nomes e fisionomias. Com o estresse e o excesso de informações a que somos expostos no dia-a-dia, os lapsos de memória são cada vez mais freqüentes e, acredite, eles não têm nada a ver com a idade.
Já existem pesquisas apontando que a memória não se degenera com o passar dos anos. Um jovem de 25 anos tem apenas 3% a mais de células cerebrais que uma pessoa de 70 anos. Os neurologistas sabem que outros fatores têm muito mais influência sobre a deterioração da memória, quando em comparação à idade avançada. 
São eles:
Estresse: que produz cortisol e noradrenalina, hormônios inimigos da memória. 
Traumas psicológicos e recalques: casos em que se esquece o que é insuportável lembrar. 
Ansiedade e depressão. 
Cansaço. 
Drogas e medicamentos.
No combate aos efeitos, causados por eles, os especialistas contam com um esquadrão poderoso. A receita inclui desde uma alimentação caprichada (encontre uma dieta saudável que vai ajudar você a manter o peso) até exercícios e -- comemore! -- passatempos de jornal. Veja abaixo e tire proveito dessas descobertas!
1. Alimentos para a memória
Para garantir que os neurotransmissores serão eficazes na transmissão de informações entre células nervosas, invista em alimentos antioxidantes. A quantidade a ser ingerida dever ser recomenda pelo seu médico. 
Vitamina B12
Frutos do mar, algas, peixe, laticínios, grãos germinados, levedo, alface. 
Vitamina B15
Amêndoa do damasco, arroz, grãos germinados, levedo. 
Vitamina C
Hortaliças e frutas: limão, laranja e cenoura; pimenta vermelha seca (saiba mais sobre o efeito ardido e use-o a favor da dieta). 
Vitamina E
Óleo de gérmen de trigo, grãos germinados, abacate, gema de ovo. 
Colina
Gema de ovo (ovo faz bem, veja os motivos), espinafre cru, soja germinada, levedo, nozes. 
Selênio
Levedo, ovo, alho e cebola. 
Zinco
Frutos do mar, peixe, laticínios, gérmen de trigo, levedo, maxixe.
2. Exercícios físicos e meditação
Exercícios físicos para melhorar a capacidade respiratória e, por sua vez, o fluxo sangüíneo no cérebro e sua oxigenação, os exercícios físicos regulares são amplamente recomendados. 
Meditação aliada à respiração profunda, melhora a memória, a percepção, a concentração, a agilidade motora e reduz o estresse. Para meditar, basta reservar poucos minutos do dia, escolher um local tranqüilo e uma posição mais confortável. Preste atenção em sua respiração e não dê corda aos pensamentos que vão surgir. Tente deixar a mente em branco.
3. Jogos mentais
Quem diria. Jogos como palavras cruzadas, Su Doku, xadrez, puzzles, leituras diversificadas e outros exercícios que estimulem a atividade mental são essenciais para combater a falta de memória.
4. Terapia
Fatos traumáticos que estão esquecidos em um canto do inconsciente continuam a gerar sofrimento, isso porque eles se manifestam em outras circunstâncias aparentemente sem importância. O pai da psicanálise, Sigmund Freud, dizia que tudo aquilo sobre o qual não podemos falar torna-se um sintoma. Sofrimento recalcado é como uma ferida com pus. Vai latejar até você drená-la. Terapia é uma alternativa eficiente para esses casos.