domingo, 11 de julho de 2010

A importância de investir na qualidade de vida dos profissionais!

Maiara Tortorette



Qualidade de vida se tornou assunto constante no mundo corporativo. As empresas investem cada vez mais em programas sustentáveis, e apostam no bem estar dos colaboradores para garantir um ambiente de trabalho agradável, além de atender as exigências de mercado que valorizam as organizações que adotam esse perfil.



Aplicar programas que incentivam uma vida mais saudável e menos estressante é totalmente positivo para as organizações. Além do mais, evita uma série de gastos com profissionais que acabam sendo afastados de suas funções por recomendação médica, uma vez diagnosticado que o problema de saúde muitas vezes pode estar ligado à vida profissional excessivamente sob pressão e sedentária.



“Esse tipo de preocupação mostra que a empresa é moderna. Funciona como uma proteção do trabalho, para evitar adoecimento, problemas de relacionamento, depressão e desgaste”, define Ana Cristina Limongi, professora da FIA/USP e do núcleo de qualidade de vida. “É uma educação pró bem estar, tanto na organização quanto pra a vida pessoal de cada um”.



Se por um lado as empresas parecem estar empenhadas em investir nestes programas, por outro ainda parecem tímidas quanto a sua aplicação. Desenvolver um projeto como este requer organização, pessoas qualificadas envolvidas e principalmente planejamento, para que realmente se encaixe no cronograma e nos planos da organização.



“Embora seja popular, essa questão ainda não está tão alinhada; existe uma certa dificuldade e preocupação das empresas em assumir certos compromissos”, explica Ana Cristina. “Eu diria que é uma prática comum, mas que ainda é aplicada de uma forma incompleta. Falta um especialista responsável e capacitado nas empresas, para poder, inclusive, avaliar os impactos e criar um diagnóstico com base nesta questão de qualidade de vida”.



Nem sempre há como mensurar os resultados que os programas sustentáveis trazem aos colaboradores. É comum que a empresa note as mudanças apenas a longo prazo, ou quando ocorrem de forma coletiva, no entanto os benefícios são muitos e, dependendo da área de atuação, podem apresentar melhorias expressivas.



Ernesto Haberkorn, palestrante com foco em Gestão Empresarial, acredita que um profissional com mais qualidade de vida certamente será mais produtivo e poderá desenvolver outras qualidades. “Além de ser mais produtivo e criativo, este profissional que possui uma vida mais saudável e equilibrada é capaz de motivar a sua equipe e ajudar seus colegas quando necessário”.



Cuidando da saúde!



Não há como definir as melhores, pois muitos são os programas que podem ser aplicados, como incentivo a caminhadas, ginástica laboral, entre outros. O importante é que os profissionais tenham um espaço para cuidar de questões relacionadas a sua saúde e bem estar.



“Estimativas indicam que fazer exercícios regulares aumenta a expectativa de vida em até três anos. Mesmo sendo atividades leves, para sentir-se bem e disposto, a prática de atividades deve estar inserida na rotina”, indica Ernesto. “Também existem outras questões que merecem especial atenção como a alimentação e as horas de sono que podem interferir na vida pessoal e profissional de cada indivíduo”.



Para Ana Cristina, a aplicação dos programas de qualidade de vida e o incentivo oferecido dentro das instituições cria uma relação de respeito entre o profissional e esta organização que cuida dele. “É como se fosse uma pessoa mais educada para a vida, que vai ter uma atitude mais assertiva, menos desgaste e mais chances de crescer. A qualidade de vida abre espaço para um desenvolvimento humano sustentável”, finaliza.



Fonte: Jornal Carreira & Sucesso - 400ª Edição