sábado, 8 de agosto de 2009

Investimento na comunidade

A RESPONSABILIDADE SOCIAL é um tema muito discutdo na atualidade , diversas empresas estão entendo que estes projetos são o futuro e a sustentabilidade organizacional das empresas , este texto abaixo é mais um exemplo.
Boa Leitura,
Abs,
Flávia Boni
Investimento na comunidade
Com repasses de R$ 6 milhões ao ano, fábrica de cimento capacita jovens carentes do país e emprega mão-de-obra especializada no DF
Para a Votorantim Cimentos, líder do mercado nacional e uma das dez maiores empresas do setor do mundo, o investimento no social não significa apenas praticar o bem. Com um balcão de projetos, que englobam cursos de informática, de assentador e revestidor de alvenaria, técnicos em manutenção elétrica, entre outros, a organização leva educação profissional para jovens de baixa renda, que são também contratados pela empresa para atuar em suas fábricas, num investimento anual da ordem de R$ 6 milhões.
No Distrito Federal, por exemplo, a organização beneficia atualmente 21 moradores carentes da Fercal e de Sobradinho II, com curso técnico de manutenção mecânica, dentro do ‘Programa Evoluir’. Iniciadas em março deste ano, as aulas terão duração de 14 meses e ocorrem durante a semana, no período noturno na fábrica, e aos sábados, durante todo dia no Senai, parceiro local do projeto. Os jovens recebem uniformes, transporte e refeições. A iniciativa trabalha com metas ousadas, como a possibilidade de empregar 80% dos alunos e obter evasão zero no curso.
Quem ganha com o investimento, são jovens como Talita de Freitas, 18 anos, uma das quatro participantes do curso formado principalmente por homens. Após terminar o Ensino Médio, ela não pensou duas vezes em escolher entre o emprego de atendente de telemarketing e o curso. “Eu não tenho dúvidas que, com essa formação, eu tenho mais chances de crescer profissionalmente e, quem sabe, conseguir um emprego na Votorantim, que é ao lado da minha casa, assim como aconteceu com meu irmão, contratado pela empresa quando se formou no curso”, planeja.
Iniciado em 2005, o programa já beneficiou 64 jovens ao todo no DF, com um índice de 91% de conclusão. Desses, 29 ingressaram no mercado de trabalho durante ou imediatamente após o término dos cursos. O programa já ofertou também, oficinas de mecânico de manutenção industrial e de auxiliares de mecânico e de eletricista.
Mesmo sem data certa, a organização estuda trazer para a capital federal o “Futuro em Nossas Mãos”, realizado hoje em 15 municípios brasileiros. Trata-se da qualificação de jovens para a área de construção civil, com aulas teóricas e práticas sobre o ofício de pedreiro. A iniciativa já soma mais de 9 mil profissionais formados e, ao longo de 2009, deverá atender outros mil jovens em todo o Brasil.
Somente em maio, o programa formou 78 pessoas nas capitais do Acre e de Rondônia. Desse total, 32 são mulheres, o que demonstra que o setor não é mais território exclusivamente masculino. A moradora de Rio Branco, Maria de Nazaré Costa Reis, de 22 anos, afirma que a ocupação é um desafio. “Não se vê muitas mulheres fazendo isso e por isso mesmo eu gostei quando soube do curso. Muitos duvidaram que eu conseguiria, mas consegui. O mercado de trabalho cada vez mais pede qualificação e agora com certeza vai ser mais fácil conseguir emprego”, afirma.
No início das aulas, cada aluno recebe um kit de ferramentas contendo óculos de segurança, luvas de PVC, prumo, nível de bolha, esquadro de alumínio, colher para pedreiro, desempenadeira e trena. “Esses são os materiais que um pedreiro precisa para trabalhar. Se o aluno quiser, ao final do curso, pode atuar como autônomo”, explica o gerente do programa, Francisco Carlos da Silveira.
Balcão de bons projetos
Ainda no DF, a empresa desenvolve o “Acolher”, uma ação de educação para jovens entre 15 e 21 anos em situação de vulnerabilidade social. A proposta pedagógica foi montada a partir de reuniões com os moradores da Fercal e inclui atividades nas áreas de inclusão digital, socioculturais, lazer, acompanhamento pedagógico, psicológico e social. Somente nesse ano, a iniciativa, realizada em parceira com o Instituto Marista de Solidariedade (IMS), beneficiará 200 jovens e receberá da Votorantim cerca de R$ 150 mil.
O esporte também é o pano de fundo para levar cidadania para estudantes de 14 a 17 anos, moradores da Fercal, do Varjão e de Sobradinho. Eles participam de aulas gratuitas de vôlei no período contrário ao horário escolar, promovidas pelo Instituto Amigos do Vôlei, das jogadoras Leila Barros e Ricarda Negrão, parceiro do projeto. Pela parceria, o instituto leva o conhecimento técnico e a empresa, em contrapartida, disponibiliza recursos financeiros e humanos. “Acreditamos nesse tipo de envolvimento da empresa com a sociedade e incentivamos nossos colaboradores a realizar trabalhos voluntários, para termos uma cidade melhor”, pontua o gerente geral de operações da Votorantim Cimentos Regional Centro Norte, Albeny Andrade.
Em Sobradinho, já foram formadas seis turmas, sendo a grande maioria dos alunos de baixa renda. Para Leila Barros, a modalidade é uma ferramenta de transformação social. “O esporte passa noções de sociabilidade e de autoconfiança. Nós acreditamos que essa parceria com a Votorantim trará um novo rumo para a vida dessas crianças”, diz. Para participar é preciso estar regularmente matriculado e apresentar o boletim do 4° bimestre do ano passado.
Por meio do seu braço social, o Instituto Votorantim, a organização promove o “Parceria pela Educação”. Realizada em Sobradinho, a iniciativa tem por meta construir uma agenda positiva para debater e qualificar a educação pública, com base nos principais indicadores e instrumentos de gestão e avaliação do ensino no país. “O projeto é um exemplo de como a iniciativa privada pode contribuir para a melhoria da qualidade da educação”, destaca a diretora do Instituto Votorantim, Celia Picon.
O projeto, desenvolvido em parceria com representantes de diversos setores da sociedade, prevê oficinas de capacitação para mobilizadores locais, reuniões com agentes locais, encontros com o poder público e campanhas de comunicação, de acordo com as características e demanda de cada município.

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