domingo, 2 de agosto de 2009

As cinco dimensões de um profissional

Um recente estudo chamado “Which CEO Characteristics and Abilities Matter?” (“Quais características e habilidades importam para um CEO?”, em tradução livre), baseado nas personalidades e perfis de mais de 300 CEOs e no desempenho de suas respectivas empresas, mostrou que um presidente de empresa de sucesso não é o mais criativo, o mais ouvinte, ou o mais sensível.
O presidente com melhor desempenho é aquele com capacidade de trabalho repetitivo, detalhista e observador. Ou seja, pessoas relativamente até mais tediosas e sem graça provaram ser melhores frente a uma empresa do que as mais extrovertidas, cordiais e abertas a novas experiências.
Ivan Witt, head hunter e sócio da Steer Recursos Humanos – consultoria de recrutamento e seleção para cargos de alta qualificação e de programas de aconselhamento profissional – justifica esse resultado e confirma o perfil da maioria dos profissionais selecionados para cargos de diretoria, como sendo aqueles mais reservados com habilidades de organização e execução. Mas para o especialista, não são estes CEOs que têm novas idéias, criam produtos excepcionais, e ditam o futuro. “Os destemidos e multidimensionais é que são os empreendedores, os que implantam o negócio sem medo de errar. Depois, entregam-no para um CEO tocar adiante os projetos, executando-os com a habilidade e disciplina exigida.”, explica.
Segundo Witt, a tendência do mercado no futuro próximo é ter um aumento significativo nos perfis de empreendedores, mais do que de executores. “São os presidentes das empresas reservados, disciplinados e de baixo apelo aos funcionários que levam vidas estafantes, imersos nas metas e nos resultados, esquecendo-se das outras dimensões de suas vidas, não se dedicando a nada além do trabalho”, explica Witt. “Por isso, seus filhos, e até sua própria equipe, não quer seguir esse modelo” Para Ivan, o Brasil que já tem um número expressivo de empreendedores, vai aumentar, e muito, esse indicador.
O novo olhar do executivo
Diante de uma história de vida quase totalmente preenchida pelo trabalho, cada vez mais executivos buscam novos caminhos, muitas vezes abrindo mão de excelentes posições por mais qualidade de vida. “Trata-se da compreensão de que todas as dimensões da vida: Cognitiva, Física, Emocional, Social e Espiritual, são igualmente importantes”, explica Witt. De nada adianta dinheiro e sucesso sem saúde para usufruir de tudo isso, sem ter com quem compartir, sem propósito de vida. Com o passar do tempo, o ser humano quer uma resposta para a pergunta: que legado deixarei para o futuro?
Ou seja, o trabalho representa 1/5 da essência do todo. Se essa dimensão for excessivamente privilegiada, a tendência é que as demais atrofiem. Existem infinitas situações nessa vida (boas e nem tanto) que fazem com que as pessoas se sentiam plenas, aumentando as possibilidades de atingir um estado de felicidade.
Pior, quando se extingue a relação profissional, para os que focam só nisso, a sensação é de que o mundo acabou. “É principalmente em sessões de aconselhamento profissional, que executivos estafados ou jovens em começo de carreira que buscam qualidade de vida, conversam sobre a negligência em relação a algumas dimensões dos modelos que vivenciam.”, conta Ivan. “É nesse momento que começamos a desenhar possibilidades de novos caminhos profissionais e pessoais, baseados nos desejos e no senso de felicidade de cada um”.
Autora: Christiane Alves - Flöter & Schauff
Enviado por: data.fanning@ig.com.br - Categoria: Gestão de Pessoas
CONTRIBUIÇÃO Adriano Moraes Benefits & Quality of Life

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