terça-feira, 18 de agosto de 2009

Entrevista com Alberto Ogata: lançamento do livro

O Profº Alberto Ogata juntamente come Sâmia Simurro lançaram o livro: “Guia prático de Qualidade de Vida” – como planejar e gerenciar o melhor programa para a sua empresa, abaixo segue entrevista concedida para o site www.rhcentral.com.br.

Confira!!

Abs,

Flávia Boni

Entrevista com Alberto Ogata: lançamento do livro

18/8/2009

Como o interesse pelos programas de qualidade de vida nas organizações é cada vez maior, corporações vêm assumindo um papel ativo na construção do bem-estar de seus funcionários, procurando mantê-los saudáveis, motivados e produtivos. Porém, muitas dessas empresas nem sabem por onde começar.

Foi pensando em atender essas necessidades que os autores Alberto Ogata e Sâmia Simurro lançaram o livro: “Guia prático de Qualidade de Vida” – como planejar e gerenciar o melhor programa para a sua empresa. Em entrevista exclusiva ao RHCentral, Ogata apresenta os principais fatores e metodologias para avaliar de forma eficaz e efetiva os programas de qualidade de vida nas organizações.

RHCentral: O que as empresas precisam saber para otimizar os resultados corporativos e tornar o programa de qualidade de vida bem sucedido?

Ogata: Acredito que o primeiro passo é utilizar uma metodologia de gestão de programas. Iniciar com uma avaliação diagnóstica, buscando obter o maior número de informações possível, inclusive por meio de dados já disponíveis na empresa, como absenteísmo, custos em assistência médica, perfil de estilo de vida da população, clima organizacional, acidentes no trabalho. A seguir, criar um comitê, se possível com participantes de vários setores, para realizar o planejamento do programa, que deve incluir a elaboração do cronograma de atividades, orçamento, endomarketing, estabelecimento de metas de curto, médio e longo prazos. Naturalmente, o programa deve ser periodicamente avaliado, para eventuais correções de rota e estar intimamente alinhado com as estratégias e projetos da companhia.

RHCentral: Com a crise em ascensão, teve algum fator que o prejudicou no momento de preparar o livro?

Ogata: As pesquisas para a redação deste livro começaram há mais de dois anos e a crise econômica global nos estimulou ainda mais a conclui-lo, pois os gestores dos programas de qualidade de vida devem realizar planejamentos e ações cada vez mais eficazes e demonstrar o retorno do investimento das ações.

RHCentral: Na sua opinião, qual é o programa de bem-estar e qualidade de vida ideal nas organizações?

Ogata: Um dos principais estudiosos em programas de bem-estar nas empresas, Larry Chapman, estratifica os programas em três níveis. O mais básico envolve baixo investimento, avaliação limitada e participação voluntária (não identificando os grupos de risco) e têm ações voltadas basicamente para a sensibilização, como palestras, cartazes e eventos comemorativos. Estes programas visam basicamente o fator motivacional e tem retorno do investimento máximo de um real para cada real investido. O nível intermediário tem um planejamento mais elaborado, com avaliação inicial da população, mas poucos recursos e uso limitado de incentivos. As ações não costumam envolver os trabalhadores que não estão na sede da empresa e a participação é limitada. Nestes casos, o retorno sobre o investimento é, em geral, de três reais para cada real investido. Os programas mais elaborados, ligados à produtividade, envolvem intensa avaliação com estratificação dos grupos de risco, envolvem os planos de saúde e a área ocupacional, muitos incentivos e programas à distância. Nestes casos, o retorno sobre o investimento pode ser superior a seis reais por real investido.

RHCentral: O sr. acredita que qualidade de vida e bem-estar são benefícios essenciais dentro das empresas? O que fazer para reduzir os custos?

Ogata: Muitos autores têm demonstrado que o fator humano é o que faz a diferença nas organizações. O trabalhador com saúde, motivado e que busca a harmonia, integração e sinergia entre as dimensões física, social, emocional, espiritual e intelectual tem mais energia, é mais criativo, falta menos ao trabalho e cria uma energia positiva nas organizações. Por outro lado, sabemos que o presenteísmo é o fator mais importante de redução de produtividade. Nesta situação, o trabalhador não falta ao trabalho, mas por problemas de saúde ou motivação, não produz adequadamente. Todos sabemos qual é o resultado quando somos mal atendidos em um serviço de telemarketing ou recebemos um produto de má qualidade. Não basta ter os melhores equipamentos ou as instalações mais modernas, se as pessoas não estiverem bem, o reflexo para a companhia é inevitável. Neste contexto, organizações como o Fórum Econômico Mundial têm alertado que a promoção do bem-estar e da qualidade de vida é estratégico para as companhias no mundo moderno.

Fonte: www.rhcentral.com.br

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