quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Psicólogo do trabalho fala de riscos do trabalho em excesso

21 de outubro de 2009
Rotina árdua de trabalho e tempo mínimo para lazer e descanso. A qualidade de vida e a saúde de pessoas que trabalham excessivamente podem ser seriamente prejudicadas. Além de queda no rendimento profissional, o resultado pode ser de isolamento social.
De acordo com o psicólogo do trabalho e professor da Universidade de Brasília (UnB) Mário César Ferreira, pessoas que trabalham demais podem ter problemas psicossomáticos, como hipertensão, colesterol alto, perda de apetite, assim como insônia, mau humor, ansiedade e depressão. Segundo ele, nos últimos tempos o mundo tem enfrentado uma intensificação do trabalho. "Um fator indicativo disso é que aumentaram os casos de suicídio causados por excesso de trabalho", afirma.
Além disso, o psicólogo explica que as relações sociais e familiares também são afetadas. "O trabalho excessivo prejudica todas as esferas de vida, já que toma conta do indivíduo, repercutindo em sua relação com a família, com os filhos e com os amigos. Assim, a pessoa acaba sendo afastada do círculo de convivência social", diz.
Responsabilidade ou vício
Em muitos casos, o trabalho pode se tornar uma verdadeira obsessão. As pessoas com esse perfil são chamadas de workaholics. A expressão americana, que tem origem na palavra alcoholic (alcoólatra), significa uma pessoa viciada em trabalho. O workaholic, por exemplo, não consegue se desligar do trabalho e até deixa em segundo plano parceiro, filhos, pais e amigos.
O professor explica que as empresas são as principais responsáveis pelo problema. "A origem dos viciados está no próprio modelo e na lógica das organizações. Em determinado momento, o workaholic não suporta a pressão e quem paga é a própria empresa ou o cliente", explica.
Fonte: Revista Proteção
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